quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Poema do Anu-Preto


Não nasci para ser burro
de carga, de presépio

Não esperem o meu sussurro
quando um grito é obséquio

Não me esperem ir no vácuo
mesmo se não há saída

Nem tampouco pedir bênção
a quem vende a própria vida

Não me digam o que eu devo,
o que eu não devo, o que não posso

Muito menos se intrometam,
no que eu creio, no que eu faço

Não queiram, já aviso,
Ensinar padre a rezar missa:

Eu sei bem por onde piso,
nesta areia movediça

Não me alio a puxa-sacos
de opressores, da elite

Não tolero um só palpite
de quem quer o meu “amém”

É que anu que come pedra
Sabe bem o cu que tem.

2 comentários:

Alice Ayres disse...

Adorei muito esse poema, retrata muito daquilo que creio pra minha vida. Também gostei muito do blog, parabéns (:

galineyagle disse...

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